O
Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciaram nesta quarta-feira, 8, que o
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado nos dias 17 e 24 de janeiro
de 2021.
Já
o Enem digital, feito em forma de projeto-piloto neste ano, será em 31 de
janeiro e 7 de fevereiro. A reaplicação do Enem será nos dias 24 e 25 de fevereiro. E os resultados serão divulgados no dia 29 de março de 2021.
A
prova, inicialmente prevista para novembro deste ano, foi adiada por causa da
pandemia do coronavírus. Escolas de todo o País tiveram atividades presenciais
suspensas para evitar a propagação do vírus.
Mais
de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos nessa edição do Enem. Em enquete
realizada a pedido do ex-ministro Abraham Weintraub, a maior parte dos
estudantes (49,7%) votou para que o Enem fosse apenas em maio do ano que vem.
Outros 35,3% optaram por janeiro.
Ao anunciar nesta quarta-feira a nova data, o presidente do Inep
minimizou o resultado da enquete, apresentando uma leitura peculiar dos dados.
Ele ressaltou que os participantes que escolheram janeiro (35,3%) e fevereiro
(15%) formam uma maioria diversa da data de maio -- que recebeu 49,7% dos votos
na pesquisa do governo.
— Maio foi menos de 50% dos alunos (que escolheram). Mais da metade dos
alunos optaram por dezembro e janeiro. Então a gente também está atendendo a
esse público, que é mais de 50% dos alunos que votaram — disse Lopes.
O resultado da maioria dos estudantes que votaram na enquete, pedindo o
Enem em maio, pegou a diretoria do Inep de surpresa. Uma cisão se abriu no
órgão. Do ponto de vista pedagógico, faz sentido que o Enem seja em maio, para
que os estudantes consigam recuperar o tempo perdido. Mas, sob a ótica
operacional, encavalar a realização do Enem 2020 com o início da preparação do
exame de 2021 seria um tumulto, segundo fontes da autarquia.

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