Foi
aprovado na última terça-feira (10), o Índice de Funcionalidade Brasileiro
Modificado (IFBrM) como instrumento adequado de avaliação da deficiência a ser
utilizado pelo Governo Brasileiro.
Elaborado
pelo Comitê de Cadastro Nacional da Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Conade), o Índice já foi utilizado por
mais de 8 mil pessoas, avaliadas por profissionais de áreas distintas, da Rede
de Atenção à Saúde do SUS, em 50 cidades diferentes das cinco regiões do país,
sob a coordenação da Universidade de Brasília (UnB).
O
Índice de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBrM) consiste em 57
atividades, divididas em 7 domínios, que geram escalas de pontuação
compreendidas entre 25 e 100 pontos, categorizando em deficiência leve,
moderada ou grave, ou sem deficiência os avaliados.
O
que é isso? Vamos traduzir?
Primeiro,
você já ouviu falar de CID?
CID significa Classificação Internacional de Doenças.
CID significa Classificação Internacional de Doenças.
Você
já precisou de um atestado para afastamento do trabalho ou para sua escola?
Você lembra que nele é preciso que o médico coloque a CID? Pois bem, quando
tratamos de deficiência, o correto seria usar a Classificação Internacional de
Funcionalidades - CIF.
Por
que?
Porque
deficiência não é doença.
Enquanto a maioria das doenças são passíveis de melhora ou cura com o uso medicamentoso correto, não há indicação medicamentosa para a maioria das deficiências.
Assim,
o que se busca para pessoa com deficiência não é uma cura, pois a deficiência é
uma condição inerente a nossa humanidade.
Para
as pessoas com deficiência buscamos acessibilidade e adaptação.
Para
isso, é muito importante que a pessoa com deficiência possa ser avaliada por um
critério biopsicossocial nos moldes da CIF, pois não estamos interessados no
que essa pessoa pode ou não fazer e, sim, em como podemos melhorar os ambientes
e as atitudes para atender suas necessidades e garantir seus direitos,
permitindo que ela concorra em igualdade de oportunidade com seus pares.
Para
aplicar a ClF, a Universidade de Brasília, em parceria com a Organização dos
Estados Íbero-americanos, estuda desde 2013, a elaboração de um instrumento
único de avaliação, o qual foi denominado Índice de Funcionalidade Brasileiro.
Após
muito estudo e participação social, em 2018, chegou-se ao Índice de
Funcionalidade Brasileiro Modificado -
IFBr-M. Tal índice foi objeto de discussão em diversas audiências públicas e
instâncias governamentais sendo finalmente aprovado e publicado seu
reconhecimento para aplicabilidade.
Com
certeza um grande passo à frente!
Resta
à população cobrar do Governo os instrumentos para colocar avaliação
biopsicossocial da deficiência em prática.

Nenhum comentário:
Postar um comentário