Garanhuns sediou
nesta quinta-feira (09), na Câmara Municipal, uma audiência publica organizada pelo Gestor Regional do Programa de Combate
ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, desembargador Paulo
Alcantara TRT-PE. Os parlamentares e representantes de instituições,
organizações e da sociedade local discutiram os efeitos do trabalho precoce,
incentivos para a educação de crianças e para a aprendizagem de jovens no
município.
Em seu
pronunciamento, o presidente do Condica/Garanhuns, Juca Viana , enfatizou que eventos como esses são uma oportunidade
ímpar para alertar autoridades e
cidadãos sobre a chaga social do trabalho precoce. ¨Lugar de criança é na
escola, e não trabalhando”, defendeu.
Segundo a OIT, 168
milhões de crianças entre 5 e 17 anos são vítimas de trabalho infantil no
mundo. No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio
(PNAD), 2,7 milhões de crianças e adolescentes estão em situação de trabalho
infantil, a maioria na região Nordeste (852 mil). Em Pernambuco, há
aproximadamente 2 milhões de crianças e adolescentes, sendo que 123.299 estão
trabalhando precocemente, principalmente nas atividades de agricultura (33%) e
comércio (20%).
No Brasil, só é
permitido começar a trabalhar a partir dos 16 anos, exceto nos casos de
trabalho noturno, perigoso, insalubre ou penoso, nos quais a idade mínima é de
18 anos. A partir dos 14 anos, o jovem pode atuar na condição de aprendiz. Os
estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar número de
aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores
existentes em seu quadro de empregados, cujas funções demandem formação
profissional. (art. 429 CLT).
A aprendizagem é a
formação técnica de jovens entre 14 e 24 anos inscritos num programa
profissionalizante de uma entidade habilitada, desenvolvida por meio de
atividades teóricas e práticas, implementada por contrato de até 2 anos. Caso o
aprendiz seja pessoa com deficiência, não haverá limite máximo de idade para a
contratação.






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